DRIVING PRESSURE
O fenômeno do momento é o Driving Pressure que já vinha sendo citado no estudo de Amato e colaboradores em 1998, porém naquele momento seu N não era expressivo para determinar sua importância. Outro estudos chegavam a trazer alguns números sobre o Driving Pressure, porém nada muito expressivo até o momento.
O fenômeno do momento é o Driving Pressure que já vinha sendo citado no estudo de Amato e colaboradores em 1998, porém naquele momento seu N não era expressivo para determinar sua importância. Outro estudos chegavam a trazer alguns números sobre o Driving Pressure, porém nada muito expressivo até o momento.
Mas em 2015 no New England Amato e colaboradores publicaram um estudo interessante onde foi avaliado de forma retrospectiva, os estudos que ventilaram paciente com ARDS, e para isso ele analisou todos os valores de Driving Pressure dos mesmos. A ferramenta para sua análise foi a multilevel mediation analysis para os nove ensaios randomizados em ARDS com um total de mais de 3500 pacientes.
Na análise das variáveis eles encontraram o Driving Pressure como um preditor de sobrevida dos pacientes (RR 1.41; 95% - IC 1.31 a 1.51, p<0.001). Assim o estudo também demonstrou algo interessante que é a função da PEEP.
Ao olharmos o quadro ao lado notamos três situações:
Situação A: Notamos que mesmo ao mantermos a PEEP em níveis iguais inalterados, mas ocorrendo aumento do Platô, assim o Driving Pressure aumentou e vemos um aumento da mortalidade na mesma proporção.
Situação B: Notamos que quando aumentamos a PEEP e o platô aumenta na mesma proporção, mas mantendo o Driving Pressure inalterado, a mortalidade não se altera no contexto.
Situação C: Está situação mostra o efeito protetor da PEEP, onde quando ocorria seu aumento a pressão de platô caia, assim diminuindo o Driving Pressure e diminuindo a mortalidade na mesma proporção, possivelmente ocorrendo por uma melhora da complacência durante o aumento da PEEP nestes pacientes.
Os autores se baseiam que o Driving Pressure é como um volume corrigido, onde é mais viável mantermos um valor pressórico que acomode um valor de volume corrente adequado para o tamanho do pulmão, do que colocar um volume pelo seu peso ideal. A idéia é fantástica, porém necessitamos de estudos desenhados para tal análise, pois os estudos retrospectivos não tinham o desenho para o Driving Pressure. Porém este estudo foi promissor e demonstrou através de uma bela analise estatística seu poder de precisão para tal dado e apresenta gráficos interessantíssimos e sua explicação se baseia no stress strain que já foi também descrito na literatura como importante fator para lesão pulmonar. O Driving Pressure se relaciona com o stress cíclico que o pulmão é submetido e que poderá piorar o nível de lesão local, propagando a liberação de interleucinas e também podendo levar a biotraumas, assim os pacientes podem evoluir com disfunção de múltiplos orgãos que é comum em pacientes com ARDS.
Os valores de Driving Pressure maiores de 15 cmH20 estão relacionada com maiores mortalidades, sendo valores inferiores com taxas melhores de sobrevida, sendo o corte ideal de 13 cmH20.
O que os colegas acham???
Até a próxima....
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