sábado, 30 de dezembro de 2023

O que seria o tal do broncograma aéreo

Olá, meu nome é Fernando Acácio Batista e eu sou Fisioterapeuta especialista em fisioterapia em terapia intensiva adulto, além disso sou professor de ventilação mecânica tema que adoro e leciono em algumas especializações. Venho aqui deixar disponível para quem tenha interesse meu curso e e-book.

Cursos de atualizações em VM: https://fernandoabatista34.wixsite.com/website
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O que seria o tal broncograma aéreo que todos falam que pode estar presente no raio-x ou tc de toráx?


Nosso sistema respiratório é formado como já sabemos por vias condutoras e respiratórias, assim com a presença de ar dentro delas.

Assim quando avaliamos um RX e notamos uma imagem igual a que é demonstrada na seta, na verdade estamos vendo uma área de consolidação com pequenos trajetos com ar. Estes trajetos pretos na seta, nada mais são brônquios que se mantém arejados no local de uma consolidação. Quando ela é presente podemos dizer que temos uma lesão intra alveolar como uma consolidação alveolar, por isso a presença de ar naquele local (Brônquios).


Neste janela de tomografia notamos também uma consolidação importante com um brônquio apresentando ar dentro dele. Notamos que em seu trajeto, temos uma importante consolidação onde não ocorre passagem de ar para unidades alveolares. Assim temos a idéia de que os alvéolos naquele local estão preenchidos com algum material, que possivelmente é de origem inflamatória.

Não podemos deixar de ressaltar que a ausência do broncograma aéreo não descarta a possibilidade de um preenchimento alveolar, mas sua presença poderá nos dar certeza.


Assim broncograma aéreo nada mais é a presença de ar no brônquio visto no exame de imagem, sempre se relacionando com áreas de consolidação do parênquima pulmonar (intra alveolar)




Até a próxima...



Fernando Acácio Batista

Professor de Educação Física
Fisioterapeuta Intensivista
Estudante de Nutrição
Gestor do Hospital Sancta Maggiore
Co-fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da especialização em Fisioterapia Hospitalar da Physiocursos Sorocaba
Professor da Especialização em Fisioterapia em Terapia Intensiva da Inspirar
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela ASSSOBRAFIR-COFFITO
Especializado em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI


quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Mobilizar precocemente





Essa foto é de um estudo sobre mobilização precoce de 2008, onde o autor trazia a quebra do paradigma de paciente em VM deveria estar sedado e imóvel. De 2008 até os dias de hoje (2023), a Fisioterapia Hospitalar evoluiu muito e isso faz parte do movimento da prática baseada em evidências. Tudo isso contribuiu para que a profissão desenvolvesse suas reais competência e importância dentro do escopo do treinamento de função, força e condicionamento cardiorespiratório.

E mesmo assim ainda estamos um pouco atrasado em vários locais do país, pois poderiamos passar horas discutindo os motivos para isso:
  • Excesso de demanda de pacientes;
  • Excesso de burocracias que diminuem o tempo com o paciente;
  • A cultura local;
  • Alguns colegas que colocam barreiras para adotarem a prática;
  • Entre outras inúmeras causas.
Precisamos urgentemente repensar o que queremos para a profissão nos próximos anos, ou seremos engolidos cada dia que passa.

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Fernando Acácio Batista Fisioterapeuta 
Intensivista Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva 
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Faculdade Inpirar
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
Especialização em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Idealizador do Programa de Atualização em VM e Fisioterapia Intensiva
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Sepse e Choque Séptico - Vídeo

Um vídeo interessante demonstrando o processo da sepse e do choque septico em nosso corpo.





Fernando Acácio Batista Fisioterapeuta 
Intensivista Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva 
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

domingo, 24 de dezembro de 2023

Descansando em "SIMV" - Pode isso Arnaldo?

Olá, meu nome é Fernando Acácio Batista e eu sou Fisioterapeuta especialista em fisioterapia em terapia intensiva adulto, além disso sou professor de ventilação mecânica tema que adoro e leciono em algumas especializações. Venho aqui deixar disponível para quem tenha interesse meu curso e e-book.

Cursos de atualizações em VM: https://fernandoabatista34.wixsite.com/website
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Não pode ver uma vergonha que já quer passar! 😆
O mito *simv* pra descanso tambem gera assincronia a noite, de manha, a tarde...
Supondo que o colega ajuste FR 8cpm,esses 8 ciclos controlados em "SIMV" que irão disparar em um período de 6 ou 12hr por exemplo,são suficientes pra gerar assincronia(pois entre esses controlados terão disparos espontâneos dentro das janelas disponíveis,levando a duplo disparo por exemplo que é indicador de mortalidade). Já que o hospital não dispõe de fisioterapeuta 24hr na unidade, ajuste adequadamente o volume dos alarmes e valores de FR baixa, APNEIA, VC baixo e treine a enfermagem para darem continuidade da assistência  ao desmame ou VM em caso de alarme ativo. Com menor assincronia em modo PSV, se já houver disparos assistidos e espontâneos, assim você não perde o trabalho do desmame do dia todo e não prolonga mais ainda o tempo de VM e internação desse paciente.Ciente que a modalidade "SIMV" faz tudo isso (aumenta tempo em vm, aumenta assincronia paciente X ventilador,aumenta tempo de internação hospitalar/ custos hospitalares,etc) .
Referência ✔ Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121

Fisioterapeuta do Hospital Unimed Araçatuba-SP
Aprimorada em Fisioterapia Hospitalar com ênfase em Pediatria e Neonatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto no Hospital de Base
Aperfeiçoada em Osteopatia Estrutural Pelo Instituto Docusse de Terapia Manual
Pós-graduada em Pediatria e Neonatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-SP
⚠ Acessem o conteúdo do canal mais moderno da Fisioterapia: http://fisioflix.net/181 

domingo, 17 de dezembro de 2023

Delirium

Quando falamos em delirium em pacientes internados em unidade de terapia intensiva, devemos ter em mente que ele é multifatorial e sua instalação pode se relacionar com maior tempo de internação na uti e até a aumento na taxa de mortalidade. 

Não é incomum encontrarmos como tratamento de tal ocorrência o uso de sedativos que poderá ajudar na manejo ou até piorar o estado de delirium dos pacientes, porém como foi dito ele é multifatorial e muitas vezes o uso de sedativos se faz necessário.

O mais interessante é que dentro de uma revisão sobre delirium, à mobilização precoce e progressiva trás alguns resultados referente a melhora deste delirium. Assim dois estudos de mobilização precoce avaliaram pacientes com delírio para examinar a relação entre mobilidade precoce / reabilitação física com tal alteração.

Um dos estudos que foi randomizado de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de forma precoce demonstrou que estes pacientes tinham metade do número de delirium quando comparado com o grupo que recebi cuidados habituais. Outro estudo do Johns Hopkins demostrou o mesmo beneficio quando comparado a pacientes que utilizavam sedação profunda.

Além de que sabemos que pacientes que são submetidos a mobilização precoce e que utilizam menores níveis de sedação evoluem com menor tempo de ventilação mecânica, menor tempo de internação em UTI e hospitalar, além de ganho de funcionalidade e força muscular. Assim a mobilização precoce na UTI vem demonstrando enormes benefícios para determinados grupos de pacientes que necessitem de abordagens cada vez mais precoce e ativa.

Portanto é de grande a avaliação diária de pacientes que podem iniciar um protocolo de mobilização precoce com segurança e eficacia. 


https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3508697/pdf/nihms418369.pdf
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19446324


O que vocês acham?

Até a próxima...





Fernando Acácio Batista

Professor de Educação Física
Fisioterapeuta Intensivista
Estudante de Nutrição
Gestor do Hospital Sancta Maggiore
Co-fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da especialização em Fisioterapia Hospitalar da Physiocursos Sorocaba
Professor da Especialização em Fisioterapia em Terapia Intensiva da Inspirar
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela ASSSOBRAFIR-COFFITO
Especializado em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI


sábado, 9 de dezembro de 2023

Hiperóxia e mortalidade

Olá, meu nome é Fernando Acácio Batista e eu sou Fisioterapeuta especialista em fisioterapia em terapia intensiva adulto, além disso sou professor de ventilação mecânica tema que adoro e leciono em algumas especializações. Venho aqui deixar disponível para quem tenha interesse meu curso e e-book.

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Não é difícil  encontrarmos pacientes em ventilação mecânica invasiva com hiperóxia. Será que este fenômeno pode ter relação com algum desfecho desfavorável?

A revisão com meta-análise "Arterial hyperoxia and mortality in critically ill patients: a systematic review and meta-analysis", pesquisou estudos observacionais ou de intervenção que avaliaram a relação da hiperóxia com a mortalidade em UTI. Foram incluídos 17 estudos sendo 16 observacionais em diferentes categorias:


  • Pacientes em UTI sob ventilação mecânica (número de estudos (k) = 4, número de participantes (n) = 189.143);
  • Pós-parada cardíaca (k = 6,n = 19144);
  • Acidente vascular cerebral (k = 2, n = 5537);
  • Lesão cerebral traumática (k = 5, n = 7488).  
Neste gráfico notamos pelo lado direito o equivalente a aumento de mortalidade relacionado com a hiperóxia em pacientes ventilados mecânicamente. A heterogeneidade foi Q (3) 91,85, P <0,001; igual 96,73. 






A hiperóxia foi associada ao aumento da mortalidade em pacientes pós-parada cardíaca (OR = 1,42 (1,04 a 1,92) I2 67,73%) 




Em relação ao acidente vascular cerebral (OR = 1,23 (1,06-1,43) I2 0%).






No trauma crânio encefálico (OR = 1,41 (1,03-1,94) I2 64,54%). 



A maioria dos estudo que objetivam relacionar a hiperóxia com a mortalidade são observacionais e retrospectivos e englobam pacientes heterogêneos, o que nos faz ter mais cautela na interpretação dos dados. Porém os resultados podem nos direcionar para estudos controlados, com o objetivos de traçar o perfil da mortalidade neste grupos de pacientes, pois no dia a dia é muito comum pacientes com hiperóxia, assim sabemos dos efeitos nocivos do excesso do oxigênio e seu efeito em relação a resistência vascular sistêmica.

O que acham????





Até a próxima...


Fernando Acácio Batista

Professor de Educação Física
Fisioterapeuta Intensivista
Estudante de Nutrição
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Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela ASSSOBRAFIR-COFFITO
Especializado em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Para onde nossa profissão está caminhando?

O texto de hoje é muito mais uma reflexão do que um artigo ou coisa do tipo. A questão é: Para onde nossa profissão está caminhando?

Todos os dias escuto de Fisioterapeutas que o hospital X está demitindo todos os profissionais CLT e colocando uma empresa pela qual vai explorar pagando pouco e sem direitos algum. O pior nessa situação é que temos inúmeros problemas nisso.

- O hospital pode tercerizar sim, mas a terceira deverá contratar como CLT, pois quem tem escala, horário de entrada e saída e chefe, tem vínculo empregatício; - Eles na verdade quarterizam o serviço, pagando menos, sem direitos e gerando mais lucros para eles; - O fisioterapeuta precisando entrar no mercado de trabalho, acaba aceitando essas condições; - O serviço desse hospital geralmente é desorganizado e conta com profissionais sem estimulo para desenvilver um bom trabalho; - Alguns fisioterapeutas ainda idolatram esses donos de serviço que os exploram; - A máfia em volta desse setor é enorme, sendo que a maioria deles fazem parte de sindicato e conselho. Eu sinceramente não tenho esperanças que nossa profissão tenha algo a melhorar nos próximos anos, pelo contrário. Eu acredito que seremos cada vez mais descartáveis e explorados por essas pessoas.
Infelizmente essa é minha visão atual da profisssão.

Meu nome é Fernando Acácio Batista e atualmente sou Gestor do Hospital Sancta Maggiore. Eu tenho uma caminhada longa na profissão e já experimentei muitas coisas que me trouxeram experiências para ter essa visão de hoje.

Sou também: - Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva, Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva, Professor da Especialização em Fisioterapia em Terapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba e da Inspirar Borba Gato, Campinas, Sorocaba e Bauru. Tenho Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR, Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP, Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP, Mestrado em Terapia Intensiva pelo IBRATI. Também fiz especialização em Fisiologia do Exercício e MBA em Acreditação Hospitalar.

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domingo, 3 de dezembro de 2023

Ventilação Mecânica em pacientes com IAM

Olá, meu nome é Fernando Acácio Batista e eu sou Fisioterapeuta especialista em fisioterapia em terapia intensiva adulto, além disso sou professor de ventilação mecânica tema que adoro e leciono em algumas especializações. Venho aqui deixar disponível para quem tenha interesse meu curso e e-book.

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O estudo Mechanical Ventilation and Clinical Outcomes in Patients with Acute Myocardial Infarction: A Retrospective Observational Study, que é um estudo Brasileiro e teve como objetivo avaliar a incidência e os desfechos clínicos de pacientes com IAM que foram tratados com ventilação mecânica não invasiva (VNI) e ventilação mecânica invasiva (VM).

Este foi um estudo restrospectivo observacional que contou com 1610 pacientes que tinham diagnóstico de IAM C/SST e IAM S/SST. O diagnóstico de IAM era de acordo com o guideline e critérios internacionais.

As caracterisiticas clínicas e desfechos intra-hospitalares foram comparados em três grupo:
- Grupo que não recebeu suporte ventilatório;
- Grupo com suporte por VNI com parte do tratamento ou antes da intubação e ainda como parte do desmame pós extubação;
- Grupo com suporte por VM.

Obs: Como alguns dados cronológicos não estavam disponíveis os pacientes que fizeram uso de VNI antes da intubação ou durante o desmame foram considerados do grupo VM para análise.

As decisões de utilização ou não dos dispositivos foram tomadas pela equipe médica e a VNI realizada pela equipe de Fisioterapia com pessão positiva Bi-level com máscara facial total acoplado a um BIPAP Vision ™ (Respironics INC1, Pensilvânia, EUA). Para pacientes com sonda nasogástrica, um conector de vedação na cúpula da máscara foi utilizada para minimizar o vazamento de ar. Assim a máscara foi fixada ao paciente, sendo a pressão de suporte fixada em 5 cmH20 para obter um volume corrente exalado de 6 ml / kg de peso corporal previsto, a freqüência respiratória inferior a 30 respirações por minuto, e para manter um diminuição do uso de músculatura acessória da respiração. A pressão expiratória final positiva (PEEP) foi inicada com 10 cm H2O e com aumentos graduais de 2 a 3 cm H2O até 15 cm H2O para manter uma FiO2 igual ou menor que 60%. 

Os critérios para intubação endotraqueal foram:
  • A incapacidade de manter uma  PaO2 > 60 mmHg ou SpO2> 90% com uma FiO2 igual a ou maior do que 60%;
  • A PaCO2 superior a 60 mmHg, com pH inferior a 7,25;
  • A incapacidade para proteger as vias aéreas ou para expectorar secreção traqueal;
  • A instabilidade hemodinâmica ou eletrocardiográfica;
  • A incapacidade de tolerar a máscara facial;
  • A incapacidade de diminuir a  dispnéia e progressão da insuficiência respiratória. 


O sucesso da VNI se dava quando o paciente se manteve por 24 no Bipap com melhora dos parâmetros avaliados e os sinais clínicos, assim os parâmetros do BIPAP foram avaliados e diminuídos de acordo com as variáveis clínicas e laboratoriais, sendo que ao chegar a uma Peep 08 com Fr menores que 30 irm e Vt exalado maior que 5 ml / kg de peso corporal previsto com Ipap menor que  10 cm de H2O, a VNI era retirada e colocado uma máscara de Venturi a 50% de inicio. Apos 01 hora de tolerância da Venturi, era realizado alternância entre pressão positiva (01 hora na venturi e 03 horas na VNI). 

Um dado importante que após 24 de Bipap os pacientes que não conseguiam se manter por 01 hora em Venturi eram intubados.

Os resultados foram que a VM foi utilizada em 293 pacientes (18,2% do total de pacientes; sendo 54% VM e 46% VNI). 

Comparando os pacientes que não fizeram uso de pressão positiva:

- Os grupos que necessitaram de VM eram mais velhos e frequentemente diabéticos
- Os grupos que necessitaram de VM tinham menores valores de fração de ejeção de VE;
- Eles tinham maior classificação de Killip e maior escore TIMI, assim como obtiveram menos reperfusão coronariana;
- Além disso, o subgrupo VM  obtiveram menos tratamento com aspirina, beta-bloqueadores e os inibidores da ECA / ARBs, em comparação com pacientes que não usaram VM. 

Em relação ao grupo VNI

- Eram mais jovens e com maior frequência do sexo masculino;
- Tinham mais frequentemente IAM C/SST;
- Taxas mais elevadas de pacientes em Killip 4;
- Um nível mais alto, porém não significativo de troponina e foram menos tratados com beta-bloqueadores e inibidores da ECA / ARBs. 

Em relação ao tabagismo, IMC, IAM anterior e DPOC as taxas foram semelhantes entre os três grupos.

As taxas de mortalidade foram:

- Sem uso de Pressão positiva 4,0 %;
- Uso de VM 39,5%;
- Uso de VNI 8,8%.

Quando realizado um ajuste nos modelos com comparação de subgrupos de VM:

- VNI não foi associada a morte (adjusted HR = 0.90, 95% CI 0.40–1.99, P = 0.79).
- VM foi associada com um aumento de 3 vezes no risco de morte hospitalar  (adjusted HR = 3.07, 95% CI 1.79–5.26, P<0.001).




Quando ajustado os dados e jogados na curva de sobrevida, notamos que a modalidade de ventilação mecânica invasiva (VM) obteve um risco aumentado de morte.

Os autores concluíram que nos diagnósticos de IAM, 18 % dos pacientes necessitaram de pressão positiva e quase metade destes foram tratados com estratégias não invasiva obtendo um prognóstico favorável, e em contra partida os pacientes que necessitaram de tratamento invasivo obtiveram um aumento de 3 vezes no risco de morte. Assim estudos randomizados prospectivos futuros são necessários para comparar a eficácia de VM invasiva e não invasiva para a abordagem inicial de insuficiência respiratória em pacientes com IAM.





Até a próxima...




Fernando Acácio Batista

Professor de Educação Física
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