sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Mudanças

Em toda mudança encontraremos os profissionais aderentes e não aderentes. E aí que está o desafio de trazer para você esses profissinais que são resistêntes a mudanças.

Os chamados "em cima do muro" são aqueles profissionais negativos, em que toda mudança gera desconfinça e os comentários (Ahh vai dar em nada isso), e esses podemos mudar totalmente o posicionamento demonstrando que as melhorias podem agregar mais produtividade e valores para os setores. Você poderá fazer uma gestão de portas abertas, trazer seu funcionário para tomadas de decisões da prática clínica e incluir ele em algumas reuniões.




Fernando Acácio Batista 
 Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
 Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba 
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas. Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR
 Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP [
Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica MBA em 
Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica 
 Lean Six Sigma 
 Método Kaisen Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

Redução de custos e economia na Fisioterapia Hospitalar

Redução de custos e economia na Fisioterapia Hospitalar




O atendimento precoce da Fisioterapia em pacientes graves vem com a sugestão de que essa abordagem poderá reduzir custos hospitalares, pois estaríamos otimizando a mobilidade dos pacientes e com isso reduzindo tempo de VM e internção hospitalar. Para isso necessitamos de protocolos bem guiados e um equipe bem treinada para que todo o fluxo funcione corretamente e não ocorra retrabalhos.

Um exemplo foi esse estudo (DOI:10.1183/13993003.congress-2016.OA4815) controlado que foi realizado após a implantação de um programa de Fisioterapia em um PS Clínico. Dentro dos protocolos foram avaliados taxas de sucesso da VNI e desmame da VM; destino após alta do pronto-socorro e custos hospitalares totais. Os custos foram calculados somando-se os salários dos fisioterapeutas, os aparelhos e os gastos hospitalares totais (PS, UTI e andar).

Os casos foram 972 pacientes admitidos 6 meses após a implementação de um programa especializado de fisioterapia. Os controles são 897 pacientes internados 6 meses antes. Após a implementação, os pacientes receberam 1.248 intervenções EM, com 0,4% de eventos de segurança menores observados. Dos 109 pacientes que necessitaram de VNI, 74% progrediram com sucesso. Após a implementação de um protocolo de desmame, 32 pacientes com mais de 36 anos foram extubados com sucesso. A diferença nos custos totais pré e pós-intervenção foi de US$ 1.346.403,14. O custo anual do programa foi de US$ 130.434,78. A economia anual líquida de custos foi de US$ 1.215.968,36 (US$ 675,53 por paciente).

É claro que não é tão simples assim, mas quando o setor de Fisioterapia tem acesso aos gastos e aos lucros dos seus atendimentos, fica mais claro como realizar essa abordagem. A conta gira em torno dos gastos com o s salários dos Fisioterapeutas + gastos com materiais utilizados e faturados + redução de custos com tempo de VM + tempo de internação, pois cada dia na VM e na UTI tem um custo padrão nos hospitais + os valores recebidos pelas terapias. Aí você vai enquadrar seu serviço de acordo com a caracteristicas dele.

- O Hospital é vertical e atende apenas seu próprio convênio? Se sim, você vai focar na redução do tempo de estádia no hospital, saída mais funcional e redução na reinternação;
- O Hospital atende e cobra de várias convênios? Nesse caso você precisará ter acesso as valores pagos pelos códigos, além de focar no giro do leito e quantidade de atendimento. Nesse caso dá um pouco mais de trabalho.
- O Hospital recebe apenas pacotes pelo SUS? Esse caso é mais delicado e mais dificil de calcular, pois dentro do pacote existem vários procedimentos e toda a equipe precisa reduzir ao máximo o tempo de estádia do paciente no hospital para otimizar esse valor recebido.

Simples não é, mas é possível.

Fernando Acácio Batista 
Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
 Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas.
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
 Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica 
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação 
Hospitalar pela UniAmérica 
Lean Six Sigma 
Método Kaisen 
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Sedestação a beira leito



Este estudo incluiu 11 pacintes em VM com o objetivo de verificar parâmetros fisiológicos em consequência a Sedestação passiva em poltrona e comparar com a Sedestação na beira do leito. Foram avaliados Consumo de O2 (VO2), Produção de CO2 (VCO2), Volume Minuto, Pressão Arterial Média (PAM) e Frequência Cardíaca (FC), antes, durante e após o procedimento.

Quando comparado com o repouso, a Sedestação com transferência passiva não promoveu alterações do VO2 e VCO2, porém com incremento da PAM (91.86 mmHg para 101.23 mmHg (p = 0.002)) e FC (89.13 bpm  para 97.21 bpm  (p = 0.008)).

Já ao sentar na beira do leito, onde houve aumento de todas as variáveis analisadas: VO2 - 262.33 ml/min para 353.02 ml/min  p = 0.002, VCO2 - 171.93 ml/min para 206.23 ml/min p=0.026, VM - 9.97 l/min para 12.82 l/min p < 0.001.

Quando comparadas as atividades, Sentar na beira do leito ativou mais o metabolismo (VO2 - 90.69 ml/min vs 14.43 ml/min, p = 0.007 e VM - 2.85 l/min vs 0.74 l/min, p = 0.012) dos pacientes estudados.

Esse foi um estudo pequeno que poderá nos direcionar o que poderá ser melhor para cada paciente de forma otimizada e o momento certo para a escolha de cada conduta.


Fernando Acácio Batista 
Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba 
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas. 
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR 
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
 Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica 
 MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica 
 Lean Six Sigma 
 Método Kaisen 
 Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Just it time (JIT) em Fisioterapia. Isso existe?

O que seria JUST IT TIME???

O conceito Just it time é de ter os materiais certos, na hora certa, na quantidade certa e tudo isso seria perfeito não é mesmo? Algumas empresas como a Toyota e DEll usam o conceito para a qualidade de produção e entrega de seus produtos.

Com esse conceito você poderá reduzir desperdícios e eliminar atividades que não trazem valor, melhorar a qualidade de seus produtos e processos e aumentar os níveis de produtividade e otimizar despesas. Mas como transportar isso para a Fisioterapia em um ambiente hospitalar?

Ora, a Fisioterapia tem controle de produtividade de seus colaboradores de forma quantitativa e isso demonstra a demanda de atendimento diária, além de que a Fisioterapia necessita de processos bem desenhar para seus fluxos ocorrerem com os menores erros possíveis e desvios de padrões, assim como protocolo que são delimitados para facilitar o atendimento e manter um padrão na equipe. Dentro desse contexto também temos dispositivos que apresentam ótimo custo beneficios pelos resultados que entregam e outros que não apresentam tanta eficácia assim.  Tudo isso gera despesas que são custos para a empresa e para isso precisamos determinar o que estamos entregando de lucro. Existe alguma processo pelo qual poderá ser melhorado? Existem protocolos que deverão ser atualizados? Aparelhos que poderão otimizar a terapia e evitar desperdicios de tempo, dinheiro com manutenção e entregar o melhor que podemos para acelerar o processo de recuperação do nosso paciente? Como é a movimentaççao do pessoal dentro do setor, tendo condutas e processos que são indesejáveis e só acarretam retrabalho.

Logo o conceito Just it time não é algo rigido e dependerá de ferramentas da qualidade e de um gestor que consiga conduzir sua equipe para atingir o resultado necessário...



Fernando Acácio Batista 
Fisioterapeuta Intensivista 
 Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Lean Six Sigma
Método Kaisen
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
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