quarta-feira, 6 de março de 2024

Custos com inspirometro de incentivo


Nesse estudo foi demonstrado que o inspirometro de incentivo apesar de não ter sua eficácia comprovada, ela é amplamente utilizada ainda como tentativa de reduzir complicações pilulmonares pós operatórias.

O custo de tempo de um terapeuta para ensinar o uso do IS mais o custo da enfermagem para reeducação e lembrete do uso foram usados para cálculo estimado parq implantação por paciente. Logo o custo por paciente variou de US$ 65,30 a US$ 240,96 para uma estadia média de 9 dias.

Se pensarmos em 9,7 milhões de cirurgias hospitalares realizadas anualmente nos EUA e que cada paciente receba a implantação de treinamento para o IS, os gastos estimados estão entre US$ 949,4 milhões a US$ 1.13 bilhão. É muito dinheiro gasto em algo que os estudos demonstram não mudar desfechos não é mesmo?

Esse é apenas um exemplo de muitas outras variáveis que poderíamos analisar e reduzir custos com processos que não agregam nada.



Fernando Acácio Batista 
 Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
 Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba 
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas. Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
 Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica 
 MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica 
 Lean Six Sigma 
 Método Kaisen 
 Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Mudanças

Em toda mudança encontraremos os profissionais aderentes e não aderentes. E aí que está o desafio de trazer para você esses profissinais que são resistêntes a mudanças.

Os chamados "em cima do muro" são aqueles profissionais negativos, em que toda mudança gera desconfinça e os comentários (Ahh vai dar em nada isso), e esses podemos mudar totalmente o posicionamento demonstrando que as melhorias podem agregar mais produtividade e valores para os setores. Você poderá fazer uma gestão de portas abertas, trazer seu funcionário para tomadas de decisões da prática clínica e incluir ele em algumas reuniões.




Fernando Acácio Batista 
 Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
 Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba 
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas. Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR
 Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP [
Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica MBA em 
Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica 
 Lean Six Sigma 
 Método Kaisen Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
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Redução de custos e economia na Fisioterapia Hospitalar

Redução de custos e economia na Fisioterapia Hospitalar




O atendimento precoce da Fisioterapia em pacientes graves vem com a sugestão de que essa abordagem poderá reduzir custos hospitalares, pois estaríamos otimizando a mobilidade dos pacientes e com isso reduzindo tempo de VM e internção hospitalar. Para isso necessitamos de protocolos bem guiados e um equipe bem treinada para que todo o fluxo funcione corretamente e não ocorra retrabalhos.

Um exemplo foi esse estudo (DOI:10.1183/13993003.congress-2016.OA4815) controlado que foi realizado após a implantação de um programa de Fisioterapia em um PS Clínico. Dentro dos protocolos foram avaliados taxas de sucesso da VNI e desmame da VM; destino após alta do pronto-socorro e custos hospitalares totais. Os custos foram calculados somando-se os salários dos fisioterapeutas, os aparelhos e os gastos hospitalares totais (PS, UTI e andar).

Os casos foram 972 pacientes admitidos 6 meses após a implementação de um programa especializado de fisioterapia. Os controles são 897 pacientes internados 6 meses antes. Após a implementação, os pacientes receberam 1.248 intervenções EM, com 0,4% de eventos de segurança menores observados. Dos 109 pacientes que necessitaram de VNI, 74% progrediram com sucesso. Após a implementação de um protocolo de desmame, 32 pacientes com mais de 36 anos foram extubados com sucesso. A diferença nos custos totais pré e pós-intervenção foi de US$ 1.346.403,14. O custo anual do programa foi de US$ 130.434,78. A economia anual líquida de custos foi de US$ 1.215.968,36 (US$ 675,53 por paciente).

É claro que não é tão simples assim, mas quando o setor de Fisioterapia tem acesso aos gastos e aos lucros dos seus atendimentos, fica mais claro como realizar essa abordagem. A conta gira em torno dos gastos com o s salários dos Fisioterapeutas + gastos com materiais utilizados e faturados + redução de custos com tempo de VM + tempo de internação, pois cada dia na VM e na UTI tem um custo padrão nos hospitais + os valores recebidos pelas terapias. Aí você vai enquadrar seu serviço de acordo com a caracteristicas dele.

- O Hospital é vertical e atende apenas seu próprio convênio? Se sim, você vai focar na redução do tempo de estádia no hospital, saída mais funcional e redução na reinternação;
- O Hospital atende e cobra de várias convênios? Nesse caso você precisará ter acesso as valores pagos pelos códigos, além de focar no giro do leito e quantidade de atendimento. Nesse caso dá um pouco mais de trabalho.
- O Hospital recebe apenas pacotes pelo SUS? Esse caso é mais delicado e mais dificil de calcular, pois dentro do pacote existem vários procedimentos e toda a equipe precisa reduzir ao máximo o tempo de estádia do paciente no hospital para otimizar esse valor recebido.

Simples não é, mas é possível.

Fernando Acácio Batista 
Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
 Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas.
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
 Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica 
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação 
Hospitalar pela UniAmérica 
Lean Six Sigma 
Método Kaisen 
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI
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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Sedestação a beira leito



Este estudo incluiu 11 pacintes em VM com o objetivo de verificar parâmetros fisiológicos em consequência a Sedestação passiva em poltrona e comparar com a Sedestação na beira do leito. Foram avaliados Consumo de O2 (VO2), Produção de CO2 (VCO2), Volume Minuto, Pressão Arterial Média (PAM) e Frequência Cardíaca (FC), antes, durante e após o procedimento.

Quando comparado com o repouso, a Sedestação com transferência passiva não promoveu alterações do VO2 e VCO2, porém com incremento da PAM (91.86 mmHg para 101.23 mmHg (p = 0.002)) e FC (89.13 bpm  para 97.21 bpm  (p = 0.008)).

Já ao sentar na beira do leito, onde houve aumento de todas as variáveis analisadas: VO2 - 262.33 ml/min para 353.02 ml/min  p = 0.002, VCO2 - 171.93 ml/min para 206.23 ml/min p=0.026, VM - 9.97 l/min para 12.82 l/min p < 0.001.

Quando comparadas as atividades, Sentar na beira do leito ativou mais o metabolismo (VO2 - 90.69 ml/min vs 14.43 ml/min, p = 0.007 e VM - 2.85 l/min vs 0.74 l/min, p = 0.012) dos pacientes estudados.

Esse foi um estudo pequeno que poderá nos direcionar o que poderá ser melhor para cada paciente de forma otimizada e o momento certo para a escolha de cada conduta.


Fernando Acácio Batista 
Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
 Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba 
Profº da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar Borba Gato, Bauru, Sorocaba e Campinas. 
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR 
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
 Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
 Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica 
 MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica 
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 Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Just it time (JIT) em Fisioterapia. Isso existe?

O que seria JUST IT TIME???

O conceito Just it time é de ter os materiais certos, na hora certa, na quantidade certa e tudo isso seria perfeito não é mesmo? Algumas empresas como a Toyota e DEll usam o conceito para a qualidade de produção e entrega de seus produtos.

Com esse conceito você poderá reduzir desperdícios e eliminar atividades que não trazem valor, melhorar a qualidade de seus produtos e processos e aumentar os níveis de produtividade e otimizar despesas. Mas como transportar isso para a Fisioterapia em um ambiente hospitalar?

Ora, a Fisioterapia tem controle de produtividade de seus colaboradores de forma quantitativa e isso demonstra a demanda de atendimento diária, além de que a Fisioterapia necessita de processos bem desenhar para seus fluxos ocorrerem com os menores erros possíveis e desvios de padrões, assim como protocolo que são delimitados para facilitar o atendimento e manter um padrão na equipe. Dentro desse contexto também temos dispositivos que apresentam ótimo custo beneficios pelos resultados que entregam e outros que não apresentam tanta eficácia assim.  Tudo isso gera despesas que são custos para a empresa e para isso precisamos determinar o que estamos entregando de lucro. Existe alguma processo pelo qual poderá ser melhorado? Existem protocolos que deverão ser atualizados? Aparelhos que poderão otimizar a terapia e evitar desperdicios de tempo, dinheiro com manutenção e entregar o melhor que podemos para acelerar o processo de recuperação do nosso paciente? Como é a movimentaççao do pessoal dentro do setor, tendo condutas e processos que são indesejáveis e só acarretam retrabalho.

Logo o conceito Just it time não é algo rigido e dependerá de ferramentas da qualidade e de um gestor que consiga conduzir sua equipe para atingir o resultado necessário...



Fernando Acácio Batista 
Fisioterapeuta Intensivista 
 Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Lean Six Sigma
Método Kaisen
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

sábado, 20 de janeiro de 2024

Ciclo PDCA



O ciclo PDCA , ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming, teve seu inicio no Japão após a guerra e tem por princípio tornar mais  claros os processos que estão envolvidos na execução da gestão. Ele é aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão e deverá ser utilizado em qualquer empresa para garantir o sucesso nos negócios.



O ciclo apresenta alguns passos:

  • Plan (Planejamento): Estabelecemos missão, visão, metas, procedimentos e processos necessários para a obtenção dos resultados;
  • Do (Execução): Realizar e executar as atividades necessárias;
  • Check (Verificação): Monitorar e avaliar os resultados, avaliar os processos e resultados sempre confrontando-os com o planejado, com os objetivos desejado.
  • Act (Ação): Agir de acordo com o verificado nos relatórios e avaliações, sempre determinando novos planos de ação, para melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, corrigindo falhas.

Passos:

Planejar: Devemos aqui estabelecer planos com base nas diretrizes da empresa e pensar nos seguintes pontos que são: Estabelecer os objetivos sobre os itens de controle, estabelecer o caminho para serem atingidos e decidir os métodos a serem usados para o sucesso.

Quais as mestas que podemos estabelecer
  • Metas para manter: Admitir os pacientes sempre no períodos de no máximo 01 horas por exemplo. E a chamamos de meta padrão. Assim para atingirmos essa meta poderemos obter o (POP) Procedimento Operacional Padrão.
  • Metas para melhorar: Podemos usar nesta meta por exemplo reduzir o tempo Porta-mobilização dos pacientes para 6 horas, assim otimizando a mobilização precoce dos pacientes pós cirúrgicos, para otimizar a alta.
Executar o plano: Neste passo podemos abordar de três pontos importantes.
  • Treinar no trabalho o método a ser empregado, executar o método e coletar os dados para verificação do processo.
Verificar os resultados: Devemos verificar o processo e avaliar os resultados que foram obtidos, além de verificar se o trabalho está sendo realizado de acordo com o padrão, analisar se os valores planejados variaram e comparar com o resultado padrão.

Fazer ações corretivas: Devemos tomar ações baseadas nos resultados do passo Executar, onde caso o trabalho se desvie do padrão, deveremos tomar ações para corrigir. Investigar causas e tomar as decisões para prevenir e corrigir.


A melhoria continua ocorre quanto mais vezes for executado o Ciclo PDCA, assim otimizando processos possibilitando a redução de custos e o aumento da produtividade. Outro ponto interessante é utilizar de ferramentas para comprovação na redução de custos, onde teremos o custo mensal dos recursos humanos X custos sobre gastos de materiais X lucros que a equipe coloca para a instituição.







Fernando Acácio Batista

Fisioterapeuta Intensivista Gestor do Hospital Sancta Maggiore
Fisioterapeuta Emergêncista (ERWS)
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva
Professor do Aperfeiçoamento teórico da Liga da Fisiointensiva
Especializando em MBA em Gestão em Serviços de Saúde
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

E se eu não passar na prova de titulo da Assobrafir - Coffito (Terapia Intensiva Adulto)?



Muitos Fisioterapeutas ainda possuem dúvidas referente ao título de especialista e isso é importante, pois a portaria da RDC-7 é de 2010 e para ser um gestor necessariamente precisa ter a titulação.

Vamos nos remeter ao passado quando a RDC foi introduzida ela já trazia sobre essa atribuição para os coordenadores e a necessidade de seus títulos:

                 Art. 13 Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico médico, um enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos.
           § 1º O Responsável Técnico deve ter título de especialista em Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal;

                § 2º Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal);


ARDC já trazia a questão do título de especialista e se não me engano deu um prazo de 190 meses para isso ser implantado nos Hospitais do Brasil. O tempo passou e a mesmo entrou em vigor, e no ano de 2017 foi reformulado alguns artigos da RDC e um deles tratá da Fisioterapia:

  • A mudança trazida pela RDC 137/2017 afeta o primeiro parágrafo do Artigo 13º da RDC 7/2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:  “Art. 13 ....
         § 1º O Responsável Técnico médico, os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ter título de especialista, conforme estabelecido pelos respectivos conselhos de classe e associações reconhecidas por estes para este fim. (Redação dada pela Resolução – RDC nº 137, de 8 de fevereiro de 2017) .


Aí a pergunta é: quando essa lei entra em vigor?

No nosso meio os comentários sobre isso está forte e muitos preocupados, pois e se não atingirem a nota para conseguirem o título, perderiam a coordenação? Teriam outra chance no próximo ano?

A lei foi publicada em 2010 e já está há anos em vigor: 

Vacation legis: Expressão latina que significa vacância da lei, correspondendo ao período entre a data da publicação de uma lei e o início de sua vigência. Existe para que haja prazo de assimilação do conteúdo de uma nova lei e, durante tal vacância, continua vigorando a lei antiga. A vacatio legis vem expressa em artigo no final da lei da seguinte forma: "esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial.


Em outras palavras toda vez que uma lei é colocada em vigor ela poderá vir acompanhada de um paragrafo dizendo: Está lei entra em vigor a partir de:

- Poderá entrar em vigor após publicação;
- Após alguns dias, meses ou anos.

 E quando ela não vem com data como no caso da alteração da RDC 137/2017?

Quando a lei não vem com data junto, ela deverá entrar em vigor em até 45 dias, além de que devemos lembrar que foi apenas uma alteração de algo que já era lei.

Uma novidade atual é que alguns Fisioterapeutas que realizam residênca poderão obter o título, facilitando seu acesso a gestão. Ainda poderiamos discutir se realmente só o título seria necessário, ou se outra formação em gestão também deveria acompanhar. Mas isso gera muto conflito e o que temos no momento é isso. Outra opção é você verificar se sua especialização finalizada até 2010 tem possibilidades de te dar o título de especialista mediante avaliação do Conselho. E claro prestrando a prova de títulos.


Boa sorte a todos...



Fernando Acácio Batista

Fisioterapeuta Intensivista Gestor do Hospital Sancta Maggiore
Fisioterapeuta Emergêncista (ERWS)
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da especialização da Physiocursos Sororocaba
Professor da especialização da Inspirar
Título de especialista pela ASSOBRAFIR - COFFITO
Metre em Terapia Intensiva do IBRATI
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Líder pelo Método Kaizen
Cursando Lean Six Sigma
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Gemba - 5S e qualidade em Fisioterapia




O assunto qualidade na Fisioterapia Hospitalar ainda se encontra bem restrito, pois a realidade cultural no nosso país é diferente de outros continentes, visto que aqui temos mais responsabilidades no envolvimento do trabalho, sobrecarregando os profissionais em seu dia a dia e diminuindo muito uma aplicabilidade mais especifica. O que seria qualidade na Fisioterapia Hospitalar? A redução de custo com aumento da funcionalidade dos pacientes? Redução no tempo de VM e internação?

E como vamos atingir essa excelência sendo que dependemos de recursos humanos, tecnologias, o pacientes, protocolos e inumeras outras váriaveis que afetam nosso desempenho no trabalho. Abaixo segue o principio do 5s no Gemba que poderá nos auxiliar no dia a dia.

1. Seiri – Senso de Utilização

O primeiro S da metodologia tem como principal intuito estimular o questionamento sobre a necessidade de alguns objetos, materiais e equipamentos da empresa. A ideia aqui é remover aquilo que não é necessário e dar lugar apenas ao que realmente importa para o funcionamento do setor, com isso promovemos uma limpeza no traballho deixando apenas p que realmente é útil. Um exemplo é determinar quais aparelhos e dispositivos podemos deixar em uso e que tragam realmente resultados para nossos pacientes segundo as evidências científicas.

2. Seiton – Senso de Organização

Após eliminar os itens desnecessários em sua empresa, é o momento de organizá-los. Como o seu próprio nome deixa claro, o Senso de Organização serve para posicionar os objetos do ambiente em locais adequados. Para ajudá-lo nisso, você pode fazer uma classificação da frequência de uso de cada item e colocá-lo em um lugar estratégico de acordo com a sua importância.  Toda essa organização facilita os movimentos desnecessários e atrasos nas condutas a serem tomadas pelos colaboradores, com isso otimizando a assinstência rápida e eficiente.

3. Seiso – Senso de Limpeza

Com tudo organizado e em seu devido lugar, é hora de focar na limpeza. O Senso de Limpeza possui o intuito de estimular a manutenção da higiene do espaço. O local de trabalho sujo pode desmotivar os colaboradores, promover problemas de saúde e aumentar as chances de falhas em equipamentos, além de não estar conforme as normas da SCIH e Vigilância Sanitária, portanto todos os dispositivos devem estar limpos e com datas.

4. Seiketsu – Senso de Padronização

A etapa do Senso de Padronização tem o objetivo de transformar processos e atitudes benéficas ao trabalho em padrões da empresa. Inclusive, a ideia é que esse princípio auxilie a manter os outros 4S em utilização. Logo teremos ou devemos ter um fluxo de todos os nossos processo a serem realizados ou no caso DOPs.

5. Shitsuke – Senso de Disciplina

Nenhum dos princípios anteriores é capaz de se sustentar caso a sua organização não coloque em prática o Senso de Disciplina. O último S é o mais desafiador de todos, mas é essencial para que os outros princípios e práticas de qualidade sejam implementadas e bem utilizadas. Para isso, é preciso que tanto os gerentes quanto os colaboradores entendam a importância da metodologia 5S e se esforcem para implementar as práticas.


Fernando Acácio Batista 
Fisioterapeuta Intensivista 
 Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador da Liga da Fisiointensiva 
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Physiocursos Sorocaba
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Inspirar
 Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR
Especialização em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Cursando Lean Six Sigma
Método Kaizen
 Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Qualidade em Fisioterapia




Nós falamos muito em qualidade em Fisioterapia e dentro desse sistema pensamos muito terapia que entregamos aos nossos pacientes, ou seja na qualidade da terapia que realizamos com os nossos pacientes. Sim isso não deixa de mostrar algum tipo de qualidade, pois é daí que vamos tentar reduzir o tempo de ventilação mecânica, ou o tempo de internação ou melhora funcional. Só que ao mesmo tempo não temos certeza se todo esse nossos processos envolvem realmente evidência cientifica, ou no caso algum retrabalho, uso de pessoas desnecessário e falta de otimização de recursos.

Sim, falar de qualidade não é apenas sobre a terapia entregue ao paciente, mas sim sobre recursos utilizados, custos envolvidos e retorno em cima de tudo o que estamos utilizando. É óbvio que sempre vamos achar que estamos fazendo o melhor e gerando economia, mas sem dados isso é impossível de provas.

Como está o uso do meu estoque de materiais? Quais os custos mensais ou por paciente? Existe retrabalho nesse processo, ou algum defeito tanto em material como na entrega da terapia? E a questão intelectual? Estamos otimizando realmente isso?

O gestor poderá utilizar de estratégias, sendo ela a DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Melhorar (Improve, em inglês) e Controlar. 


Dentro dessa estratégia vamos definir realmente o que queremos do nosso projeto. Vamos supor que nossa estratégia seria otimizar as altas hospitalares com o paciente o mais funcional possível, assim evitando reinternações. Vamos no próximo passo raciocinar como poderemos otimizar essa alta mais funcional e quais os recursos teremos disponíveis para tal. Em seguida definimos qual as expectativas do cliente interno e externo sobre isso e depois definimos em um diagrama qual de todas as possibilidades se mostrou a mais viável.

Com isso vamos definir e coletar todos os dados que poderão dificultar ou facilitar o projeto mapeando os processos, desenhando uma espinha de peixe por exemplo, ou determinando no Pareto o seu principal foco. Em seguida analisamos com algumas ferramentas e implantamos a melhoria. Após isso é só realizar o controle e verificar ao logo do tempo estabelecido se nossos objetivos foram alcançados. 





Fernando Acácio Batista 
Profº de Educação Física e Fisioterapeuta 
Graduando em Nutrição
Gestor do Hospital Sancta Maggiore 
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva 
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva 
Professor da Especialização da Physiocursos Sorocaba
Professor da Especialização da Inspirar
Especializado em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em GEstão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Título de Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo COFFITO / ASSOBRAFIR Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP 
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP 
Certificando em Lean Six Sigma como Green e Black Belt
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI 
http://lattes.cnpq.br/3951715682086759

sábado, 30 de dezembro de 2023

O que seria o tal do broncograma aéreo

Olá, meu nome é Fernando Acácio Batista e eu sou Fisioterapeuta especialista em fisioterapia em terapia intensiva adulto, além disso sou professor de ventilação mecânica tema que adoro e leciono em algumas especializações. Venho aqui deixar disponível para quem tenha interesse meu curso e e-book.

Cursos de atualizações em VM: https://fernandoabatista34.wixsite.com/website
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O que seria o tal broncograma aéreo que todos falam que pode estar presente no raio-x ou tc de toráx?


Nosso sistema respiratório é formado como já sabemos por vias condutoras e respiratórias, assim com a presença de ar dentro delas.

Assim quando avaliamos um RX e notamos uma imagem igual a que é demonstrada na seta, na verdade estamos vendo uma área de consolidação com pequenos trajetos com ar. Estes trajetos pretos na seta, nada mais são brônquios que se mantém arejados no local de uma consolidação. Quando ela é presente podemos dizer que temos uma lesão intra alveolar como uma consolidação alveolar, por isso a presença de ar naquele local (Brônquios).


Neste janela de tomografia notamos também uma consolidação importante com um brônquio apresentando ar dentro dele. Notamos que em seu trajeto, temos uma importante consolidação onde não ocorre passagem de ar para unidades alveolares. Assim temos a idéia de que os alvéolos naquele local estão preenchidos com algum material, que possivelmente é de origem inflamatória.

Não podemos deixar de ressaltar que a ausência do broncograma aéreo não descarta a possibilidade de um preenchimento alveolar, mas sua presença poderá nos dar certeza.


Assim broncograma aéreo nada mais é a presença de ar no brônquio visto no exame de imagem, sempre se relacionando com áreas de consolidação do parênquima pulmonar (intra alveolar)




Até a próxima...



Fernando Acácio Batista

Professor de Educação Física
Fisioterapeuta Intensivista
Estudante de Nutrição
Gestor do Hospital Sancta Maggiore
Co-fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da especialização em Fisioterapia Hospitalar da Physiocursos Sorocaba
Professor da Especialização em Fisioterapia em Terapia Intensiva da Inspirar
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela ASSSOBRAFIR-COFFITO
Especializado em Fisiologia do Exercício pela UniAmérica
MBA em Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar pela UniAmérica
Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI


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Custos com inspirometro de incentivo

Nesse estudo foi demonstrado que o inspirometro de incentivo apesar de não ter sua eficácia comprovada, ela é amplamente utilizada ainda com...