sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Ventilação Mecânica no choque séptico.



Estudo Brasileiro.

- Pacientes com choque séptico sem síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) devem ser submetidos à ventilação com baixo volume corrente, embora a redução forçada dos volumes correntes às vezes não seja alcançável e nem desejada em pacientes com acidose ou maior drive respiratório.

- Os melhores padrões para ventilação mecânica de choque séptico com SDRA incluem ventilação de baixo volume corrente limitando a pressão de platô (com bloqueio neuromuscular de curto prazo conforme necessário para atingir os alvos desejados), pressões expiratórias finais positivas altas tituladas (para paO2/FiO2 < 200 mmHg), posicionamento prono (para paO2/FiO2<150 mmHg após um período de estabilização de 12 h) e ECMO para casos refratários em centros experientes.

- Os efeitos colaterais das estratégias de ventilação devem ser considerados em todos os pacientes com choque séptico, especialmente os efeitos da ventilação com baixo volume corrente no pH sanguíneo e os efeitos da PEEP elevada e das manobras de recrutamento no retorno venoso e direito disfunção ventricular.

- A Driving Pressure é algo promissor na ventilação mecânica sob intenso escrutínio, mas as comparações
diretas com os padrões atuais de atendimento ainda são justificadas antes de sua disseminação generalizada recomendação como o principal alvo da ventilação protetora pulmonar.

- A respiração espontânea é cada vez mais reconhecida como um potencial mediador de lesão pulmonar, mas o perfil de risco-benefício das estratégias para atenuar a respiração espontânea ainda é incerto e o conceito de ventilação protetora de pulmão e diafragma está surgindo na literatura para abordar essa importante questão de pesquisa.





Fernando Acácio Batista

Fisioterapeuta Intensivista Gestor do Hospital Sancta Maggiore
Fisioterapeuta Emergêncista (ERWS)
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Mestrando em Terapia Intensiva pelo IBRATI

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