domingo, 27 de fevereiro de 2022

Fisioterapia e cirurgia torácica




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Sabemos que a Fisioterapia é sempre requisitada quando pacientes realizam algum tipo de cirurgia, e isso aumenta mais quando a cirurgia é em regiões torácicas, com o objetivo de diminuir as complicações como atelectasias que poderão levar a insuficiência respiratória ou aumentar o tempo de estádia no hospital. 


Assim este estudo realizou um questionário que foi distribuído a Fisioterapeutas nas unidades de cirúrgicas torácicas na Austrália e Nova Zelândia. 

Como resultado obtiveram: 

  • Uma taxa de resposta de 81%; 
  • 16 respondentes (35%) relataram avaliar todos os pacientes com toracotomia; 
  • A maioria dos entrevistados (96%) indicou que todos os pacientes foram atendidos por fisioterapeutas após a cirurgia, com 29 respondentes (63%) realizando intervenções profiláticas de fisioterapia para prevenir complicações pulmonares pós-operatórias; 
  • Os entrevistados relataram que o tratamento fisioterápico foi geralmente iniciado no primeiro dia pós-operatório (80%), sendo as intervenções terapêuticas mais utilizadas os exercícios de respiração profunda, o ciclo ativo de técnicas respiratórias, tosse, técnicas de expiração forçada e inspirações máximas sustentadas; 
  • A maioria dos entrevistados relatou que sentou os pacientes fora da cama (89%), começou a andar (70%) no primeiro dia pós-operatório. 
Os entrevistados indicaram que a experiência pessoal e as recomendações da literatura estabelecem a prática. 






Neste quadro ao lado se encontram as terapias que eram realizadas nos pacientes no pré-operatório que contavam em:
  • IS (Incentivador Respiratório); 
  • SMI (Inspirações máximas sustentadas); 
  • ACBT (Técnica de ciclo ativo da respiração); 
  • DBE (Exercícios respiratórios profundos). 








As intervenções de fisioterapia respiratória normalmente utilizadas ou consideradas contra-indicadas no pós-operatório.
  • CPAP = Pressão positiva contínua nas vias aéreas; 
  • BiPAP = Bi-level
  • PEP = Pressão expiratória positiva; 
  • IPPB = Pressão positiva intermitente (RPPI);
  •  ET = Aspiração endotraqueal ; 
  • IS = Espirometria de incentivo; 
  • SMI = Inspiração máxima sustentada; 
  • ACBT = Ciclo ativo de respiraçãotécnicas; 
  • FET = Técnica de expiração forçada; 
  • DBE = Exercícios de respiração profunda. 

Percebemos que neste estudo a maioria dos Fisioterapeutas ainda tratam os pacientes pré e pós cirúrgicas torácicas com manobras de Fisioterapia respiratória, embora sabemos da importância da mobilização precoce e deambulação, ainda ocorre insistência apenas nas práticas respiratórias. 

Vale ressaltar que este estudo foi publicado em 2007, porém mesmo que seja um estudo antigo, vale a pena a leitura e compressão deste perfil. 



Boa leitura





Fisioterapeuta Intensivista do Hospital Sancta Maggiore
Professor da Universidade Anhanguera
Fisioterapeuta Emergêncista (ERWS)
Co- fundador e Professor da Liga da Fisiointensiva
Professor da Especialização em Fisioterapia Intensiva da Liga da Fisiointensiva
Professor do Aperfeiçoamento teórico da Liga da Fisiointensiva
Especialização em Fisioterapia Respiratória pela ISCMSP
Especialização em Fisioterapia em UTI pelo HFMUSP
Mestrando em Terapia Intensiva pelo IBRATI

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