1.
Introdução
O tema
que cerca a liderança é amplo e tem um grande desenvolvimento histórico, onde
se busca a melhor forma de liderar e realizar a gestão de um sistema onde as
diferenças são gritantes. Gerenciar pessoas é um desafio cada dia maior para
todos os chefes, gestores e líderes organizacionais, pois cada organização tem
uma cultura diferente e cabe ao líder saber qual tipo de liderança poderá
utilizar para manter a equipe motivada e otimizar os resultados da organização.
É característico na liderança que o fator motivacional, criatividade e carisma
esteja presente, mas também pode ser existir as características de recompensa,
ou então um líder mais fechado ou melhor autoritário, onde ele passa de líder
para chefe, dando uma ênfase maior aos resultados. Então podemos notar que ser
um chefe muitas vezes pode ser até fácil, desempenhar um papel inflexível
impondo condutas e impondo resultados, cabe saber se o grupo irá corresponder
adequadamente aos objetivos. Já um líder tem grandes desafios pela frente, pois
ele além de fazer com que a equipe atinja os objetivos, ele tem desafios com a
criatividade, com a motivação da equipe, com a delegação de funções para
estimular o colaborador a pensar mais e se desenvolver melhor. Enfim o assunto
é amplo e esperar abordar de forma sucinta e adequada para uma introdução sobre
um assunto que é muito amplo e importante. Aqui neste estudo passaremos pelo
histórico dos tipos gerenciais, também mostraremos as teorias que existem sobre
a liderança e abordaremos por fim a diferença entre um gesto e um líder assim
como as duas lideranças mais estudadas desde o último século que são a
transformacional e transacional.
2.
Gestor
de pessoas
O
Gestor de pessoas desempenha seu papel de líder frente a seus subordinados, mas
ele faz com que os colaboradores não se vejam como subordinados e sim como
parte de um processo empresarial, e isto faz com que se tenha mais adesão aos
objetivos da organização1. Mas para entendermos melhor o papel de um
Gestor ou Líder no ambiente empresarial, é necessário abordarmos resumidamente
os modelos de gestão.
A
gestão vem lá da Teoria Clássica da Administração onde Fayol organizava as
funções de um administrador onde envolve o planejar, organizar, executar e o
controlar para mantermos uma boa produtividade2. Ainda podemos dizer
que a gestão é a ação de manter os recursos para a finalidade de se atingir
metas que são estabelecidas por uma organização e claro levando em conta as
pessoas quer irão participar destes processor dentro desta organização3.
No quadro abaixo, podem-se visualizar os quatro grandes modelos gerenciais do
século XX e como o gestor deve atuar em cada modelo.
Modelo |
Características |
Função do gerente |
Metas racionais |
- os critérios de eficácia organizacional são
a produtividade e o lucro; -
crença que uma direção clara acarreta resultados produtivos; -
clima organizacional econômico-racional; -
objetivo principal é a maximização dos lucros |
ser um diretor decisivo e um produtor
pragmático |
Dos processos internos |
- conhecido como “burocracia profissional”; -
complementa o modelo anterior; -
os critérios de eficácia são a estabilidade e a continuidade; -
convicção de que a rotinização promove estabilidade, -
a ênfase em processos como a definição de responsabilidades, mensuração,
documentação e manutenção de registros; -
clima organizacional hierárquico. -
decisões são tomadas com base nas regras, estruturas e tradições existentes; -
objetivo principal é a eficiência do fluxo de trabalho. |
Monitor e coordenador |
Relações Humanas |
- os critérios básicos de eficácia
organizacional são a adaptabilidade e o apoio externo; -
premissa de que adaptação e inovação contínuas promovem a aquisição e
manutenção de recursos externos; -
os processos fundamentais são a adaptação política, a resolução criativa de
problemas, a inovação e o gerenciamento da mudança; -
as decisões são tomadas com agilidade; - importância da visão comum e dos
valores compartilhados. |
Assume o papel de mentor empático e de
facilitador centrado em processos. |
Sistemas abertos |
- os critérios básicos de eficácia
organizacional são a adaptabilidade e o apoio externo; -
premissa de que adaptação e inovação contínuas promovem a aquisição e
manutenção de recursos externos; -
os processos fundamentais são a adaptação política, a resolução criativa de
problemas, a inovação e o gerenciamento da mudança; -
as decisões são tomadas com agilidade; -
importância da visão comum e dos valores compartilhados. |
Inovador criativo, negociador/mediador dotado
de substancial astúcia política (Usa o poder e influência na organização) |
Quatro modelos gerenciais adaptado
(QUINN, 2004, p. 11)4.
Se
olharmos com mais cautela poderemos perceber que cada modelo apresenta uma
característica, mas em linhas gerais o primeiro modelo se preocupa mais com a
tarefa que será realizada em menor tempo possível. Já o segundo modelo enfatiza
a criação de regras e normas, dando responsabilidades a cada função e assim
tornando o trabalhador em um especialista que realizará o trabalho de forma
ágil e muito precisa. Então concluímos que estes dois modelos se voltam para a
produtividade e os lucros, dando características de atuação centralizada e
racional dos gestores 2,4,5.
O
terceiro modelo apresenta uma preocupação ao ser humano sem desejos e
expectativas, como uma tática de atingir a produtividade na organização. Foi
onde se deu o início para que as organizações se preocupassem com os fatores
motivacionais, satisfação e a qualidade de vida dos colaboradores, que vai a
encontro com a Teoria de Maslow, Herzberg e McGregor 2,4,5. O quarto
modelo já busca a flexibilidade e de apoios externos e o ser humano é visto
como parte de um sistema5.
As
organizações vão adotar o modelo de Gestão de acordo com sua estratégia, e com
isso vão dar conta das demandas necessárias para a sociedade, onde para isso
vão se configurar os modelos de Gestão, justificando o potencial de cada um em
determinado período6.
Foi
verificado que nenhum dos modelos sozinhos poderiam atender as necessidades de
uma forma completa, por isto as organizações começaram a utilizar os quatros
modelos juntos, onde dependendo de cada momento, poderia se fazer uso de um dos
modelos, de dois ou quantos fossem precisos para atingir suas metas4.
“Com isso o Gestor poderia centralizar a decisão, decidir com a equipe, ou
atuar como diretor ou também facilitando para que os colaboradores conseguissem
desempenhar respostas para determinado problema, e partindo deste pressuposto
podemos dizer que um Gestor pode desempenhar diferentes papéis e estilos de
liderança”7.
Este
é o grande desafio para as organizações pelos Gestores de pessoas, pois para se
auto descobrir sua personalidade e sua habilidade para direcionar os
colaboradores para uma linha de pensamento que irá de encontro com a
organização 2,8. A liderança pode ser definida como a capacidade de
guiar as pessoas para que façam o que vê ser feito, mantendo a produtividade e
motivação para atingir os objetivos 2,8. Já para Gramigna (2002) o
líder catalisa os esforços nos grupos para superar os objetivos da organização,
mas mantendo a motivação e parcerias em equipe9.
Em
definições curtas a liderança apresenta dos lados sendo uma orientada para o
subordinado deixando o trabalhador participar e a orientada para a produção,
onde o trabalhador é submisso9.
Baseado
nas informações, qual seria então o papel de um bom líder?
“Um
líder apresenta habilidade de influenciar as pessoas para trabalharem com
entusiasmo visando atingir os objetivos como sendo de bem comum. O líder deve
incentivar seus colaboradores a fim de dar condições para que eles se tornem o
melhor que podem ser” 10.
A
liderança durante anos vem sendo estudada e algumas respostas e teorias se
sobrepõem, por isso seria interessante conhecer as teorias existentes:
3. Teorias Comportamentais
Este
grupo de teorias nasceu com a escola de Relações Humanas, mas foi precedido
pela “Teoria dos Traços”, a qual enfatizava que a liderança estaria ligada aos
traços das pessoas, ou seja, o líder já possuiria certas características que o
tornaria mais apto a exercer, influenciar e conduzir as pessoas a executar
tarefas e a teoria durou até meados da década de 194011. A teoria
caiu por terra, pois era muito difícil isolar traços ou características para
distinguir lideres eficazes ou não. Com a escola de Relações Humanas, que
surgiu entre as décadas de 1920 e 30, a abordagem passou da tarefa para as
relações interpessoais no trabalho. O líder tinha o papel de guia para que os
liderados buscassem atuar cooperativamente no sentido dos objetivos traçados,
então as necessidades dos indivíduos passaram a ser consideradas, bem como as
possibilidades de autodesenvolvimento e crescimento12.
A
escola de Relações Humanas deu um grande impulso para as abordagens do
comportamento organizacional, onde o comportamento era enfatizado para o
exercício da liderança, deixando claro que a preocupação agora é com
a ambiente psicossocial e com as pessoas dentro de uma organização12.
Ainda
é enfatizado que a abordagem do comportamento deveria se concentrar nas funções
e nos estilos que o líder teria em relação ao grupo, onde descobriram que tanto
as funções relativas as tarefas quanto as funções de manutenção do grupo deviam
ser realizadas por um ou vários membros deste mesmo grupo, com isso teríamos um
bom funcionamento. E que os estudos sobre liderança mostram por uma lado uma
estrutura orientada para a tarefa (autoritária) que visa direção e produção e
outra com um estilo centrado no colaborador (democrático) dando apoio as
necessidade de um ou de um grupo. Por isso deduziram que os comportamentos
poderiam ser aprendidos e as pessoas treinadas para serem líderes mais
eficientes11.
“A
escolha do estilo de liderança deve ser influenciada por várias forças que
existem no administrador, nos subordinados e na situação de trabalho”13.
Ainda
na década de 60 obteve-se um grande impulso para o estudo das teorias
comportamentais da liderança e isto foi decorrente dos estudos sobre as
habilidades de um líder, onde foram enfatizados dois tipos de liderança:
centrada na tarefa (autocrática) onde é identificada com aquela que é exercida
nas organizações, segundo os moldes clássicos de administração, e a centrada
nas pessoas (democrática) onde a preocupação maior é com seus subordinados e
procurando criar um ambiente psicossocial de trabalho em equipe, aliando também
os desempenhos nas tarefas11,14.
Observou-se que os resultados dos estudos mostravam que o comportamento do líder é um dos fatores que possibilitam a eficácia do grupo em uma determinada tarefa, mas não é o único. Isso fez com que, durante mais de duas décadas, após os anos 60, tomasse impulso a perspectiva situacional que relaciona a liderança eficaz com o ambiente de atuação do líder. A Teoria Contingencial trata das variáveis relacionadas ao processo de liderança e dos diferentes tipos de comportamento dos líderes11.
4. Teoria Contingencial / Situacional
Alguns
estudos vieram a contribuir para a análise de diferentes ambientes
organizacionais e para o estudo da liderança em situações variadas.
A
década de 1960 torna-se ricas em teorias que salientam a importância das
contingências e a principal contribuição desses estudos para o entendimento
sobre liderança está no reconhecimento de que esta é contingencial e de que ao
líder cabe adaptar suas características às demandas grupais ou situacionais15.
Em 1981 foi elaborada a teoria contingencial clássica de liderança que diz que
a mesma pode ser orientada para a tarefa ou para o empregado e esta base de
trabalho está em um instrumento denominado “Colaborador Menos Desejado” (Least
Preferred Co-worker - LPC), onde é avaliado e estabelecido um escore e quanto
mais alto o LPC mais favorável ao relacionamento e quanto mais baixo demonstra
que o objetivo é o cumprimento de tarefas16.
“As
principais variáveis situacionais identificadas foram: a personalidade e a
experiência passada do líder; as expectativas e o comportamento dos superiores;
as características, expectativas e o comportamento dos subordinados; as
exigências das tarefas; a cultura e as políticas da organização e as
expectativas e comportamento dos pares17. A abordagem contingencial
tenta identificar quais desses fatores situacionais são mais importantes e,
também, prever que estilo de liderança será mais eficaz numa determinada
situação”17. E entre os
trabalhos a respeito, destacam-se os de Fiedler e Hersey-Blanchard. Segundo o modelo
de Fiedler, as variáveis situacionais básicas são as relações líder-membros (o
relacionamento pessoal que o líder tem com os membros do grupo, em termos de
confiança e respeito), a estrutura da tarefa (até que ponto a tarefa do grupo
está definida), e o grau de poder do cargo do líder sobre seus subordinados 16,17.
Esta abordagem sugere que estilos de liderança são inflexíveis, por isso os
lideres devem se adequar a uma situação ou a situação deve ser mudada para se
adequar ao que o líder deseja17.
Foi
elaborada uma teoria da liderança que identificou dois tipos de comportamento
do líder voltado à tarefa e às relações, e das teorias do desenvolvimento
psicológico, que advogam que os indivíduos nascem imaturos e direcionam-se para
o amadurecimento, sendo que quanto mais imaturas as pessoas forem, mas será
necessária uma liderança que modifique os modos de agir e produzir que eram
evidentes gerando um amadurecimento 14,15. Esta fase de
amadurecimento é chamada de fase de recongelamento das mudanças e exige
maturidade no comportamento da tarefa, ao mesmo tempo em que o comportamento
das relações pode ser baixo ou elevado 14,15.
5. Teoria transformacional / Teoria da administração do sentido
Após
a década de 70, têm predominado os pressupostos da Teoria Transformacional da
Liderança que aborda a mudança como uma constante e ao líder cabe um agente de
mudanças, flexível para lidar com as incertezas, visionário, conhecedor das
motivações dos liderados, fomentador de relações interpessoais de reciprocidade
e agente de aprendizagem 5, 15, 17.
As
teorias da liderança transformacional pressupõem que o líder deve conhecer as
necessidades e motivações dos seguidores para tratá-los como pessoas integrais,
dando enfase as relações interpessoais na equipe 5, 17. Verificamos
na teoria transformacional uma preocupação com a ética, a motivação e a moral
dos empregados, onde o significado do trabalho está mais relacionado a questões
intrínsecas 5,17.
6. Liderança e Gerência
Há
anos que são estudadas as diferenças entre o Gerente e o líder, relacionado a
suas visões da realidade na organização e na sociedade, e foram identificados
diferentes modos de agir dos gerentes e dos líderes, sendo o que o gerente se
apoia nas regras, normas e procedimentos, enquanto o líder se apoia nas
capacitações, habilidades e nos seus subordinados que estão sob seu comando,
onde fica explicito a diferença ´de cada um, pois o dia do gerente passar a ser
um batalha e o do líder uma oportunidade 18. Relata ainda que o
gerente se desgasta com os problemas que a organização trás no dia a dia e o
líder sabe que existem situações inevitáveis a serem enfrentadas e isso irá
exigir sua competência, assim como a comunicação difere entre eles, sendo o
gerente ao comunicar-se é o mínimo necessário e o líder está sempre debatendo
as opiniões, pesquisando e realizando troca de conhecimento com seus
subordinados 18.
O
gerente precisa ver, acompanhar e controlar tudo na organização que está em seu
poder, com isto não estimula a criatividade do colaborador, pois o importante é
repetir até chegar ao objetivo. Já o líder tem controle e verifica o que é
importante e sempre procura inovar e estimular a criatividade para estimular
sempre os colaboradores. Para o gerente a tarefa é mais importante então a capacitação
nem sempre é desejável e sim apenas o necessário para realizar a tarefa,
contraditoriamente ao líder, que deseja capacitar seu funcionário e deixa-lo
cada vez mais capaz de resolver inúmeros problemas. Podemos concluir que os
dois papéis são cruciais em uma organização, porém as pessoas são mais
gerenciadas do que lideradas e isso pode trazer insatisfação e pouca
produtividade nas organizações, visto que a liderança é muito mais propicia
para a estimulação no ambiente de trabalho 18, 19.
Segue
abaixo as diferenças entre os dois papéis elaborado por Tolfo (2004).
Gestor
|
Líder |
Elabora
agendas com planos |
Desenvolvimento
de visões e estratégias |
Meios
de relacionamento por hierarquia formal |
Redes
de relacionamentos convergentes |
Ação
pelo comando |
Ação
pela inspiração |
Rigidez |
Flexibilidade |
Controle |
Autonomia |
Mantém
o sistema vigente |
Gera
mudanças úteis, desenvolve |
Administra |
Inova |
Focado
no sistemas e estruturas |
Focaliza
as pessoas |
Visão
limitada |
Perspectiva
ampla |
Questiona
quando e como |
Questiona
o quê a o porquê |
Aceita
o Status Quo |
Desafia
o status quo |
Faz
corretamente |
Faz
a coisa certa |
Tolfo
2004, p277.
A
liderança pode ser vista com um conjunto de atos que visam auxiliar um
determinado grupo a atingir seus objetivos e com isto tais ações deverão ser
focadas para promover e estabelecer os objetivos do grupo, sua qualidade e como
utilizar os recursos de forma adequada. No contexto um líder deve produzir as
mudanças e para isto ele mantém três dimensões, tais quais manter uma direção
estratégica na organização, comunicar as metas aos colaboradores e motivar os
mesmo para que as metas sejam cumpridas. Os líderes apresentam competências que
são a visão, capacidade de comunicação, respeitabilidade e desejo de
aprendizagem19.
Também
podemos definir a liderança como uma arte, uma arte para conquistar pessoas
para lutar pelos nossos objetivos, pois isto não é tão simples, mas um bom
líder tende a engajar o colaborador de forma que o mesmo atinja as metas
propostas de forma objetiva, clara e produtiva e isto poderá ser realizado
baseando-se em uma estratégia de liderança onde a inter-relação entre o desejo
do líder se comunica com os desejos dos colaboradores19.
Então
o papel do líder em uma organização é importante para manter a eficácia e
conseguir sobrepor as frequentes mudanças e problemas que o ambiente
organizacional venha a passar e com isto exercer sua autoridade para manter a
estabilidade, incentivar, direcionar e desenvolver os colaboradores a
enfrentarem juntos e chegarem a um objetivo em comum19.
As
organizações exigem que o líder seja capaz de pelo seu posicionamento moldar-se
às situações cotidianas e aproveitar de suas habilidades, pois um líder deve
ter visão sistêmica, ou seja, onde quer chegar profissionalmente e
pessoalmente, estabelecendo missões organizacional a curto e longo prazo, assim
com a paixão amando o que faz, se dedicando ao trabalho passando um entusiasmo
aos colaboradores e a integridade que irá gerar confiança e comprometimento dos
colaboradores frente a organização19 , 20.
O
líder deve reconhecer seus pontos fortes e como se desenvolver, deve ser
maduro, deve ser curioso e audacioso, pois só assim ele fará melhoramentos
contínuos, se aprimorando e vencendo novos desafios, mesmo quando esteja
correndo riscos, mas fará desta experiência prazerosa e de grande aprendizado19.
Ainda
existem cinco habilidades descritas que são:
a
capacidade de aceitar as pessoas como elas são e não como gostaria que fosse,
abordar relacionamentos e problemas em termos do presente e não passado, tratar
os que estão perto com a mesma atenção que concede a estranhos, confiar nos
outros mesmo em situações de grande risco e agir sem a aprovação e
reconhecimento dos outros19.
O
líder de forma indireta tem o poder de influenciar outras pessoas ou grupos a aceitar
novas ideias e a se comportar diversamente em relação a era do que normalmente
faria, ou seja, liderança é um processo onde se influencia outros a se
comprometerem na busca de objetivos e canalizamos a atenção dos colaboradores19.
E
com um líder poderia influenciar um grupo a chegar a um censo comum, já que
dentro de uma organização existem vários biótipos de colaboradores e vários
objetivos dentro de cada um. É por isto que muitos estudo vem ocorrendo em
relação a liderança e a melhor forma de estratégia. Por isso neste estudo
iremos nos concentrar em dois tipos de liderança que vem sendo estudadas desde
a década de 70 e 80 e são elas a liderança transacional e a transformacional19.
6.
Liderança
transacional
É
uma liderança conhecida como autoritária onde se articula e estabelece uma
posição do líder, onde existem as posições corretas e suas características
baseiam em certezas, direções claras, controlar os descuidos e tratar todos de
forma justa20.
O
justo significa que quando o líder receber algum benefício relacionado a algo
do trabalho, como melhoria ou qualidade, ele recompensará os colaboradores com
algum benefício. Este estilo de liderança é dependendo de ambas as partes, ou
seja, cada lado depende do outro e sempre irão receber algo de valor como
recompensa a um objetivo alcançado20.
Então
o relacionamento entre o líder e os colaboradores, ou seus seguidores sempre é
visto como trocas para se chegar em suas metas, e o relacionamento sempre
continuará quando a recompensa for interessante ao colaborador 20, 21.
Os
líderes deste estilo têm como características de comportamento as transações de
correção e de construção, onde o estilo construtivo é marcado pela recompensa
contingente que se caracteriza pela motivação em que é usado para recompensar
os que cumprem suas metas estabelecidas na organização, é um reforço positivo
para um dado trabalho bem feito e as medidas incentivam os colaboradores a
concluir as tarefas de forma eficaz e com alto desempenho 20. As
formas de recompensa deve ser de interesse dos colaboradores como bônus
monetários que são os mais comuns, mas podem também ter recompensas como
viagens, férias pagos e outros 20,21. Já o estilo de correção é
comum o gerenciamento por exceção onde existem padrões de conformidade, ou seja
quem estiver fora do padrão apresentando desvios e desempenho ineficiente serão
punidos e também é característico de monitorar de perto os desvios e erros para
tomar ações corretivas antes do fato ocorrer 20,21.
7.
Liderança
transformacional
Este
estilo de liderança é também chamado de liderança carismática onde o líder tem
o poder para captar e estimular o colaborador, mobilizando o mesmo a querer
chegar ao mesmo objetivo em comum ao seu líder22. O líder
transformacional influencia para ocorrer mudanças na consciência dos
colaboradores gerando desafios e oportunidades dentro da organização22.
Podemos
verificar também que os lideres transformacionais dão ênfase no coletivo e
melhoram a visão da organização, não necessita de troca de recompensas, e geram
inspirações aos colaboradores, assim como são pró ativos e sempre estão
motivando os colaboradores como atingir níveis elevados de padrões morais e
éticos 22,23. Os líderes são confiáveis, são admirados e respeitados
pelos colaboradores, e isso ocorre devido ao carisma, estimulação intelectual,
motivação inspiracional e consideração individual23.
O
carisma serve como meio de ganhar respeito e confiança ao grupo, já a motivação
inspiracional é acompanhado do carisma onde usa de suas habilidades para
motivas todos em sua volta. A estimulação intelectual é o fato de promover a
inteligência e a lógica para resolução de problemas, onde ajuda os
colaboradores a resolver velhos problemas com novas perspectivas e também
estimula as inovações e criatividade frente aos problemas23. E a
consideração individual leva os lideres a respeitarem as individualidade dos
colaboradores, treinando e aconselhando os colaboradores de acordo com a
necessidade de cada um 22,23.
Aparentemente
podemos perceber que a liderança transformacional levam aos colaboradores a
atingir um nível máximo de eficiência e cumprem as missões organizacionais de
forma coletiva. E apresentam um fator importante que é a estimulação ocorrida
pela forma que o líder conduz o processo, onde ao delegar funções ele não se caracteriza
por um grupo e sim por uma equipe, onde todos terão o mesmo objetivo e todos
alcançarão o mesmo de uma forma em que se desenvolva inovações, intelecto,
criatividade e carisma22.
8.
Considerações
finais
Podemos
verificar que ser um Gestor ou ser um Líder não é tão simples e envolve uma
ampla gama de recursos tanto físicos quanto humanos para que se atinja um
objetivo. Um gestor se difere pelo líder em vários fatores, mas conseguimos ver
que a maior diferença pode ser notada no statu quo que denota que um líder não
se acomoda e pode trazer mais resultados frente aos colaboradores, e que o tipo
de liderança é fundamental também para um bom resultado. A evolução é notória,
onde passamos a deixar de lado apenas as tarefas para nos preocuparmos mais com
as relações humanas e dentro destas relações conseguimos descrever algumas
características importantes de um líder e mostrar as diferenças principais dos
modelos mais utilizados em organizações no dia atual. E verificamos que os
tipos de liderança sempre caminham para um mesmo objetivo e se diferem do
quanto elas dão importância aos colaboradores e que fatores elas enfatizam para
esta importância. Uma pode estimular o individual e outra poderá estimular a
equipe e cada gestor ou líder deverá utilizar uma ou outra de acordo com a
cultura da sua organização.
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